João Paulo II acumulou diversas histórias durante
a sua vida. Ele foi condecorado como papa e chefe da Igreja Católica em 16 de
outubro de 1978, cargo que ocupou até a sua morte em 2005.
O seu papado foi o terceiro maior documentado na
história da humanidade, sendo também aclamado como um dos líderes mais
influentes do século 20.
No entanto, a sua personalidade também causou certa
rejeição, e isso foi o suficiente para que ele fosse alvo de uma tentativa de
assassinato.
Era 13 de maio de 1981, uma quarta-feira,
quando um homem identificado como Mehmet Ali Ağca, acusado
posteriormente de fazer parte de um movimento terrorista da Turquia, grupo
militante fascista Lobos Cinzento, entrou na Praça de São Pedro, no Vaticano,
com uma arma.
Naquele dia, seu objetivo era um só: matar o Santo
Padre num dia em que ele se preparava para discursar em meio a uma multidão. O
terrorista conseguiu atingir João Paulo II, que foi baleado duas
vezes, sendo gravemente ferido.
No mesmo minuto, as pessoas presentes no local
assistiram a cena horrível que causou uma hemorragia no
papa. Ağca também foi rapidamente capturado pelas autoridades do
Vaticano após o ato que escandalizou o mundo.
O Papa então foi levado imediatamente a Policlínica
Gemelli. Ainda no caminho para o hospital, ele perdeu a consciência, o que
deixou todos aterrorizados, afinal, naquele momento acreditavam que a santidade
não escaparia da situação com vida.
No entanto, quando chegaram à Instituição, João
Paulo II acordou consciente por alguns minutos antes da operação e fez um
pedido especial aos médicos.
Ele não queria que, durante a operação, o
seu Escapulário de Nossa Senhora do Carmo fosse removido, e assim foi feito.
Após sair são e salvo das cirurgias,
Em 13 de maio de 1983, o papa visitou pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à santa de tê-lo livrado do momento de pânico. Lá ele ofereceu à Igreja uma das balas que o atingiu no incidente, que foi colocada na coroa da imagem da virgem, e permanece lá até os dias de
Como era de se esperar, após atirar contra o líder
religioso e depois de passar por um tribunal italiano, o criminoso foi
condenado à prisão perpétua. O Santo Padre fez questão de visitá-lo.
Eles conversaram por aproximadamente 20 minutos em uma
sala privada, e depois disso, Paulo II disse que perdoou o ato. O então
presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, também concedeu perdão o
homem, a pedido do religioso. Depois disso, Ağca foi reportado para
seu país de origem, onde permaneceu preso.
O papa João Paulo II viria a falecer em 2 de abril de
2005. Em memória ao seu legado, foi aberta uma comissão parlamentar
italiana, que seria capaz de fazer uma revisão
no caso de tentativa de
homicídio.
O parlamento então concluiu que a União Soviética teria
sido a responsável por encomendar o atentado contra a vida de João Paulo
II, como forma de protestar contra os apoios que a organização Solidariedade,
movimento católico de trabalhadores pró-democracia na Bulgária comunista,
recebia do Vaticano durante a sua chefia.
O relatório apontou que os departamentos de segurança
da Bulgária soviética ajudaram a esconder o caso, para que a ação da URSS
contra o papado não fosse descoberta.
Ainda conforme o relatório, a Inteligência militar
soviética teria organizado a tentativa de assassinato. Ao saber da acusação, a
Rússia se posicionou contra, e declarou que na época nenhum órgão da URSS
esteve envolvido no atentado, chamando a acusação de "absurda".
O papa, por sua vez, quando ainda estava vivio,
declarou em uma visita à Bulgária que não acreditava que o país tivesse sido o
responsável pelo evento violento.
No entanto, o seu secretário, Cardeal Stanisław
Dziwisz, alegou em seu livro 'A Life with Karol', que ele, na verdade,
teria sim se convencido sobre o envolvimento da ex-União Soviética por trás da
sua tentativa de assassinato.
Fonte: AH
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