O desgaste provocado pela
aprovação da MP nº 230/2017 – que concedeu reajuste de 8% apenas sobre a
Gratificação de Atividade de Magistério (Gam), não sobre os vencimentos, para a
maioria dos professores maranhenses – forçou o governador Flávio Dino (PCdoB) a
convocar duas reuniões de emergência com seus principais líderes na Assembleia
Legislativa. Uma ocorreu na quarta-feira, 15, outra ontem.
Estiveram no Palácio dos
Leões, na quinta-feira, após a sessão plenária, o presidente e o
vice-presidente da Casa, deputados Humberto Coutinho (PDT) e Othelino Neto
(PCdoB), respectivamente, o líder do Blocão, Rafael Leitoa (PDT), e o líder do
governo, Rogério Cafeteira (PSB).
O objetivo do encontro foi
avaliar o saldo final de uma semana inteira de intensos debates no legislativo,
e a repercussão negativa tanto da aprovação da MP 203, quanto do início da
vigência da lei que reajustou alíquotas do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) em todo o estado.
Flávio Dino mostrou-se
especialmente incomodado com a atuação – ou a falta dela – de parte da bancada.
Na sessão de quarta-feira, o governo garantiu quórum para votar a MP dos
professores no limite – são necessários 22 deputados para garantir a votação.
Pelo menos oito parlamentares tidos como membros da base simplesmente sumiram
durante todo o dia.
O Palácio fez a leitura de
que a postura desses aliados foi uma forma de pressionar o Executivo,
principalmente por emendas. No entanto, como foi possível garantir o quórum e a
aprovação da medida provisória, mesmo sem a presença desses deputados, é
provável que haja retaliações nas próximas semanas.
Fonte: Blog do Gilberto
Léda
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