Em Países de democracia “enxuta” quando o político é
suspeito, denunciado por qualquer crime, seja de qual for a natureza, renuncia
(se exercer função pública) ou desiste de qualquer pretensão futura porque sabe
que não terá apoio popular. Nesses países o indivíduo tem que ter ficha limpa e
se manter acima de qualquer suspeita. Qualquer ato ilícito determina o fim da
carreira.
Lamentavelmente, no Brasil o que vemos são políticos
imundos, envolvidos em todo tipo de maracutaia e crimes das mais variadas
tipificações. Os poderes da república estão abarrotados de criminosos,
suspeitos, investigados e até condenados. Porém, exercem tranquilamente suas
funções e se candidatos, a qualquer cargo, conseguem eleger-se, apesar da ficha
criminal. Por exemplo: O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) seria
eleito presidente se as eleições fossem hoje. Na última pesquisa eleitoral
realizada, Lula tem 30,5%, contra 11,8%, do segundo colocado. Seria eleito,
apesar da ficha criminal, coisa que não aconteceria, por exemplo, nos Estados
Unidos.
Leia a publicação do colunista Cláudio Humberto, do Diário
do Poder, de 16 de março:
LULA
ESTÁ SUJEITO A PENA MÍNIMA DE 31 ANOS
SITUAÇÃO
DE LULA É COMPLICADA E A CHANCE DE CONDENAÇÃO É GRANDE
LULA
RESPONDE POR CORRUPÇÃO PASSIVA, TRÁFICO DE INFLUÊNCIA, LAVAGEM DE DINHEIRO,
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO, OBSTRUÇÃO DA JUSTIÇA ETC
Integrante da “Lista Janot”,
indiciado pela Polícia Federal, denunciado pela Procuradoria-Geral da República
e réu – por enquanto – em casos graves de corrupção, o ex-presidente Lula está
sujeito de 31 anos de reclusão, caso seja condenado à pena mínima, a até 124
anos. Ele se diz “perseguido”, mas as acusações resultam de três operações da
Polícia Federal, forças-tarefas distintas e três juízes federais
diferentes.
Lula responde por corrupção passiva,
tráfico de influência, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, obstrução
da Justiça etc. Lula já foi indiciado por crime de obstrução da Justiça, na
Lava Jato, e corrupção passiva no caso do tríplex no Guarujá. O ex-presidente
também é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos da Odebrecht
em Angola. Somadas, as eventuais penas de Lula ultrapassariam mais de um século
de cadeia, e o Código Penal ainda prevê agravantes. E multas.
Pois bem, Lula é réu, denunciado e está com a ficha suja eivada de
suspeitas. Mas, mesmo assim, ainda seria eleito presidente da República. Por
que? Talvez a Sociologia, a Ciência Polícia ou a Psicologia possam explicar o
porquê do comportamento de boa parte do eleitorado em não querer saber se o
indivíduo é criminoso ou não. E aí pode está uma das explicações do porquê dos poderes da República estarem lotados de criminosos.
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