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sábado, 24 de fevereiro de 2018

O DESEMPREGO É DIFERENTE PARA MULHERES E NEGROS

Mais uma vez as mulheres ocuparam a menor fatia do mercado de trabalho mesmo sendo a maioria da população em idade de trabalhar. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) trimestral, divulgada na sexta-feira 23 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no fim de 2017 o nível da ocupação dos homens foi estimado em 64,5% e o das mulheres, em 45,4%.

Considerando o contingente total de pessoas ocupadas, há predominância de homens (56,3%), mantendo a tendência da série histórica, fato confirmado em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 59,6% dos trabalhadores no quarto trimestre de 2017.
Já na população desocupada as mulheres eram maioria, 50,7%. Em quase todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada era superior ao de homens, com exceção da Região Nordeste, onde este percentual representava 47,4%. No Centro-Oeste, o percentual das mulheres foi o maior, elas representavam 53,9% das pessoas desocupadas.
Os números são consequência do desemprego, que atinge mais as mulheres do que os homens. No que se refere à taxa de desocupação no quarto trimestre (11,8%), ela foi estimada em 10,5% para os homens e 13,4% para as mulheres. Esse comportamento foi verificado em todas as Grandes Regiões. As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho, 65,2%.
Desemprego é maior para os negros
desocupação desagregada por cor ou raça mostrou que a taxa dos que se declararam brancos, 9,5%, ficou abaixo da média nacional de 11,8%. No entanto, o desemprego entre pretos (14,5%) e a pardos (13,6%) é acima da média.

Nos últimos cinco anos o IBGE observou a tendência de queda da proporção de pessoas declaradas brancas, e aumento das pretas e pardas. O contingente dos desocupados no Brasil em 2012 foi estimado em 6,7 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 52,4% dessa população; seguido dos brancos, 37,5% e dos pretos 9,6%. Em 2017, esse contingente subiu para 12,3 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 51,9%; a dos brancos reduziu para 35,6% e dos pretos subiu para 11,9%.


Fonte: Carta Capital

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