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sábado, 14 de abril de 2018

PAPIRO DE 3 MIL ANOS REVELA PRIMEIRO CASO DE DEMISSÃO POR CRIME SEXUAL

Um papiro egípcio de cerca de 3 mil anos esconde, de acordo com cientistas, o primeiro caso de demissão por crime sexual de que se tem registro na História. O documento descreve ações "moralmente condenáveis" do artesão-chefe Paneb, que dirigia a construção de tumbas para faraós no Vale dos Reis, na região de Luxor (Egito).

O papiro foi escrito por um dos filhos de Amennakht, rival de quem Paneb havia roubado o posto, supostamente por suborno. Entre os crimes atribuídos a Paneb estão corrupção, profanação de local sagrado, furto de bens de templos e tumbas, agressões, uso particular de funcionários reais e adultério, conforme estudo publicado na plataforma "Narrative.ly" e reproduzido pelo "Independent".
O crime de adultério envolve um outro: estupro. O documento, que foi primeiramente analisado em 1929, lista o nome de mulheres que teriam sido violentadas por Paneb.
Uma delas, identificada como Yeyemwaw, foi jogada por Paneb contra uma parede e estuprada.

"Dormir com mulheres casadas, com ou sem consentimento delas, não era aceitável. Tomá-las à força só deixava as coisas piores", disse Rowland Enmarch, especialista em egiptologia da Universidade de Liverpool, acrescentando que o adultério era "moralmente repreensível" pelos egípcios.

A denúncia custou, provavelmente, a perda do emprego e a execução de Paneb, declarou Enmarch. A execução, porém, teria mais relação com a apropriação indevida de bens reais do que com estupro.

Fonte: Jornal Extra

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