Um papiro egípcio de cerca de 3 mil anos esconde, de
acordo com cientistas, o primeiro caso de demissão por
crime sexual de que se tem registro na História. O documento
descreve ações "moralmente condenáveis" do artesão-chefe Paneb, que
dirigia a construção de tumbas para faraós no Vale dos Reis, na região de Luxor
(Egito).
O papiro foi escrito por um dos filhos de
Amennakht, rival de quem Paneb havia roubado o posto, supostamente por suborno.
Entre os crimes atribuídos a Paneb estão corrupção, profanação de local
sagrado, furto de bens de templos e tumbas, agressões, uso particular de
funcionários reais e adultério, conforme
estudo publicado na plataforma "Narrative.ly" e reproduzido pelo
"Independent".
O crime de
adultério envolve um outro: estupro. O
documento, que foi primeiramente analisado em 1929, lista o nome de mulheres que teriam sido violentadas por Paneb.
Uma delas,
identificada como Yeyemwaw, foi jogada por Paneb contra uma
parede e estuprada.
"Dormir
com mulheres casadas, com ou sem consentimento delas, não era aceitável.
Tomá-las à força só deixava as coisas piores", disse
Rowland Enmarch, especialista em egiptologia da Universidade de Liverpool,
acrescentando que o adultério era "moralmente
repreensível" pelos egípcios.
A denúncia
custou, provavelmente, a perda do emprego e a execução
de Paneb, declarou Enmarch. A execução, porém, teria mais relação
com a apropriação indevida de bens reais do que com estupro.
Fonte:
Jornal Extra
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