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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

HÁ 42 ANOS, ACONTECIA O SUICÍDIO EM MASSA EM JONESTOWN

 

Jim Jones era um manipulador nato. Para ele, guiar multidões e fazer discursos convincentes eram atividades fáceis e, quando se tornou líder de uma seita, o homem teve pouquíssimos problemas relacionados à confiança de seus seguidores.

Fascinado pela morte, Jim lia muito sobre personalidades como Adolf Hitler e Josef Stalin. Através dessa literatura, inclusive, ele descobriu novas formas de guiar seus fiéis, bem como diferentes métodos para convencer e manipular novos membros de sua seita.

Tendo disseminado a ideia de uma América unida e íntegra, ele chegou a ter 50% de seu grupo de fiéis composto por afros-americanos. Para eles, Jim prometia direitos civis igualitários e uma sociedade sem preconceitos.

Tamanha foi a retórica do líder messiânico que, há exatos 42 anos, no dia 18 de novembro de 1978, os fiéis seguiram Jim em um episódio trágico. Guiadas pelo homem, cerca de 900 pessoas participaram de um dos massacres mais assustadores da história.

Aos seus seguidores, todos membros do chamado Templo do Povo, Jim Jones dizia ser a reencarnação Jesus, Buda e Lenin. Com uma base de fiéis bastante sólida, então, ele fundou Jonestown, uma comunidade na Guiana, no meio da floresta Amazônica.

No local, que logo se tornaria o palco para o terrível suicídio coletivo, o líder religioso planejou friamente cada detalhe do episódio macabro. Tido como progressista, Jim ensaiava o massacre frequentemente nas chamadas "noites brancas".

Em verdadeiras simulações, o líder manipulador explicava minuciosamente cada passo que os membros do Templo teriam de seguir no dia do suicídio. O plano, nesse sentido, era simples: eles só deveriam tomar uma considerável quantidade de veneno.

Mesmo após dezenas de ensaios, no entanto, aquele trágico dia 18 de novembro não saiu como Jim esperava. Enquanto muitos de seus seguidores, de fato, acompanharam o plano como o líder mandou, outras dezenas de fiéis saíram do roteiro.

No dia do massacre, diversos membros do Templo do Povo se recusaram a beber a mistura de cianeto, calmantes e um suco artificial. Chamado de Kool-Aid, o drink mortal seria o responsável por arrancar a vida dos seguidores de Jim.

Quando muitos deles disseram “não” para as ordens do líder, no entanto, uma verdadeira cena de terror tomou conta de Jonestown. Em minutos, centenas de suicídios e execuções cobriram a grama da comunidade.

Enquanto adultos envenenavam os próprios filhos e, em seguida, tomavam a bebida mortal, outras dezenas de pessoas eram assassinadas. Quase todos aqueles que tentavam fugir do local foram fuzilados a mando de Jim Jones.

Mais tarde, descobriu-se que o veneno usado pelo grupo também foi injetado em dezenas de pessoas, mesmo contra a vontade delas. Muitos corpos contavam até mesmo com perfurações, o que indica que essas pessoas foram esfaqueadas.

No total, apenas 35 membros do grupo sobreviveram ao massacre e contaram os absurdos vividos naquele dia. Outras 909, no entanto, não tiveram a mesma sorte e tornaram-se parte de ums dos episódios mais obscuros da história moderna.

De repente, a comunidade que nasceu com o intuito de oferecer um espaço de ajuda mútua estava manchada com o sangue dos seguidores de Jim Jones. Antes responsável por boas atitudes, o grupo foi dizimado por seu próprio líder.

Ao contrário de seus fiéis companheiros, no entanto, Jim Jones não seguiu os próprios comandos. Segundo as investigações da época, o líder religioso não consumiu o veneno distribuído para os integrantes da seita, mas também acabou morto naquele dia.

Acontece que Jim foi encontrado já sem vida pelos oficias, vítima de um tiro na cabeça. Até hoje, entretanto, mesmo décadas mais tarde, ainda não se sabe se ele cometeu suicídio, ou se o homem manipulador foi assassinado por um dos membros do Templo.

Fonte: AH


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