Jim Jones era um
manipulador nato. Para ele, guiar multidões e fazer discursos convincentes eram
atividades fáceis e, quando se tornou líder de uma seita, o homem teve
pouquíssimos problemas relacionados à confiança de seus seguidores.
Fascinado pela morte, Jim lia muito sobre
personalidades como Adolf Hitler e Josef Stalin. Através
dessa literatura, inclusive, ele descobriu novas formas de guiar seus fiéis,
bem como diferentes métodos para convencer e manipular novos membros de sua
seita.
Tendo disseminado a ideia de uma América unida e
íntegra, ele chegou a ter 50% de seu grupo de fiéis composto por
afros-americanos. Para eles, Jim prometia direitos civis igualitários
e uma sociedade sem preconceitos.
Tamanha foi a retórica do líder messiânico que, há
exatos 42 anos, no dia 18 de novembro de 1978, os fiéis seguiram Jim em
um episódio trágico. Guiadas pelo homem, cerca de 900 pessoas participaram de
um dos massacres mais assustadores da
história.
Aos seus seguidores, todos membros do chamado Templo
do Povo, Jim Jones dizia ser a
reencarnação Jesus, Buda e Lenin. Com uma base de fiéis
bastante sólida, então, ele fundou Jonestown, uma comunidade na Guiana, no meio
da floresta Amazônica.
No local, que logo se tornaria o palco para o terrível
suicídio coletivo, o líder religioso planejou friamente cada detalhe do
episódio macabro. Tido como progressista, Jim ensaiava o massacre
frequentemente nas chamadas "noites brancas".
Em verdadeiras simulações, o líder manipulador
explicava minuciosamente cada passo que os membros do Templo teriam de seguir
no dia do suicídio. O plano, nesse sentido, era simples: eles só deveriam tomar
uma considerável quantidade de veneno.
Mesmo após dezenas de ensaios, no entanto, aquele
trágico dia 18 de novembro não saiu como Jim esperava. Enquanto
muitos de seus seguidores, de fato, acompanharam o plano como o líder mandou,
outras dezenas de fiéis saíram do roteiro.
No dia do massacre, diversos membros do Templo do Povo
se recusaram a beber a mistura de cianeto, calmantes e um suco artificial.
Chamado de Kool-Aid, o drink mortal seria o responsável por arrancar a vida dos
seguidores de Jim.
Quando muitos deles disseram “não” para as ordens do
líder, no entanto, uma verdadeira cena de terror tomou conta de Jonestown. Em
minutos, centenas de suicídios e execuções cobriram a grama da comunidade.
Enquanto adultos envenenavam os próprios filhos e, em
seguida, tomavam a bebida mortal, outras dezenas de pessoas eram assassinadas.
Quase todos aqueles que tentavam fugir do local foram fuzilados a mando
de Jim Jones.
Mais tarde, descobriu-se que o veneno usado pelo grupo
também foi injetado em dezenas de pessoas, mesmo contra a vontade delas. Muitos
corpos contavam até mesmo com perfurações, o que indica que essas pessoas foram
esfaqueadas.
No total, apenas 35 membros do grupo sobreviveram ao
massacre e contaram os absurdos vividos naquele dia. Outras 909, no entanto,
não tiveram a mesma sorte e tornaram-se parte de ums dos episódios mais
obscuros da história moderna.
De repente, a comunidade que nasceu com o intuito de
oferecer um espaço de ajuda mútua estava manchada com o sangue dos seguidores
de Jim Jones. Antes responsável por boas atitudes, o grupo foi
dizimado por seu próprio líder.
Ao contrário de seus fiéis companheiros, no
entanto, Jim Jones não seguiu os próprios comandos. Segundo as
investigações da época, o líder religioso não consumiu o veneno distribuído
para os integrantes da seita, mas também acabou morto naquele dia.
Acontece que Jim foi encontrado já sem vida
pelos oficias, vítima de um tiro na cabeça. Até hoje, entretanto, mesmo décadas
mais tarde, ainda não se sabe se ele cometeu suicídio, ou se o homem
manipulador foi assassinado por um dos membros do Templo.
Fonte: AH
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