As suspeitas de irregularidades nos contratos da prefeitura de Coelho Neto não cessam. Numa mesma semana foram duas denúncias graves. A primeira, dia 12, feita pelo vereador Cláudio
Furtado, trata de fardamento que a prefeitura contratou com uma empresa de Floriano-PI e, segundo o parlamentar, pagou e não recebeu. Embora a assessoria do prefeito tenha desmentido alegando que contratou, mas não
pagou e nem recebeu as fardas, fica a pulga detrás da orelha.
Os contratos da prefeitura com a empresa RR FREITAS GARCIA FARDAMENTOS EIRELI, de Floriano-PI, somam mais de 820 mil reais para fardamento de quatro secretarias.
Ontem, 14, o blog do Neto Ferreira, um dos mais acessados do Maranhão, destacou a seguinte notícia:”alvo da Gaeco, Construservice fechou contrato milionário com a
prefeitura de Coelho neto”.
Novamente, a assessoria do prefeito se manifestou alegando que os contratos estão em vigor, mas que não foram executados e nem pagos, pois conseguiu asfalto junto ao governo do
Estado. Acontece que o contrato não está relacionado a asfalto e todos sabem que foi o estado que fez o asfaltamento. Trata-se de outros serviços, conforme destacou o jornalista. Veja abaixo o teor da
matéria:
“Alvo do Gaeco por esquema de agiotagem e crime organizado, a Construservice Empreendimentos fechou um contrato milionário com a Prefeitura de Coelho Neto, administrada por Bruno
Silva.
No registros do Sistema de Acompanhamento de Contratações Públicas do TCE constam que a contratação ocorreu no final de setembro do ano passado por meio
da Secretaria Municipal de Planejamento, Administração e Finanças de Coelho Neto.
O contrato prevê a recomposição de meios fios, sarjetas e calçadas nas diversas ruas e avenidas identificados nos bairros:
Centro, Santana, Bom Sucesso, Sarney, São Francisco, Anil, Quiabos, Multirão, Parque Amazonas e Novo Astro pelo valor de R$ 2.851.905,75 milhões.
A Construservice tem como sócio oculto o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP. Ele já foi preso diversas vezes por forte suspeita de
estar envolvido em um esquema de desvio de R$ 100 milhões de 42 prefeituras do Maranhão.
Em 2015, a empreiteira foi alvo da operação Imperador I deflagrada contra a Máfia da Agiotagem no Maranhão. Investigação do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Civil do Maranhão apontou que a construtora teria envolvimento com o crime organizado.
Além de Prefeituras maranhenses, a empresa de DP tem forte atuação e movimenta contratos milionários no Governo do Estado, principalmente nas Secretarias das Cidades
e de Infraestrutura.”
O ano de 2021 foi farto de denúncias de irregularidades na gestão de Buno Silva. Tem de todo tipo, até de babá de parentes do prefeito recebendo, tranquilamente,
na folha da prefeitura. É denúncia todo dia, é suspeita com sobra, é fumaça demais para que não haja fogo.
Imagem: Blog do Neto Ferreira