Lembro-me da admiração que nutria
pelo ex-prefeito Magno Bacelar. Sinceramente, tinha vontade de conhecê-lo! Na
primeira vez que isso aconteceu percebi de “cara” que estava diante de um homem
astuto, matreiro. Na ocasião veio pedir
apoio para uma de suas campanhas eleitorais.
Tempos depois- e a admiração
continuou- hipotequei apoio à candidatura dele a prefeito. Como candidato a
vereador fui um dos mais votados, mas não consegui eleger-me, fruto da traição,
das artimanhas e do jogo sujo arquitetado pelo Velho-como era chamado. Toda a
tramoia foi descoberta depois, dita por ex-assessores que fizeram parte da
armação.
Usando o discurso de sonhador
dizia que já tinha sido tudo na vida, mas faltava ser prefeito da cidade em que
nasceu e que precisava retribuir aos conterrâneos o quê tinha recebido ao longo
da vida. Conseguiu êxito. A esperança, o sonho e a expectativa de melhores dias
para o povo morreu após quatro anos de uma administração eivada de corrupção e
desmandos.
A prova inconteste da desastrosa
administração foi comprovada pelo TCE ao reprovar as contas dos quatro anos do
péssimo gestor. E a população de Coelho Neto deu o troco. Candidato à reeleição
conseguiu a façanha de ser o terceiro colocado, logrando poucos mais de três
mil votos, mesmo na eminência do cargo. O povo reconheceu o embuste!
Foi instalada a versão
coelhonetense da Ópera Bufa, com dois tipos fixos, somente: os servos
trapaceiros e o velho avarento. Na versão italiana são três: os dois acima e o
jovem fidalgo que se apaixona pela camponesa. Foi uma administração cômica,
para não dizer trágica. Até a esposa, que passou apenas um ano como gestora da
Secretaria de Assistência Social, teve as contas rejeitadas pelo TCE.
Poucas vezes participei de
reuniões “mais fechadas” com o ex-prefeito Magno e seus aliados próximos. E,
nelas percebi que o cidadão, intelectual, erudito que um dia sonhei conhecer,
era na intimidade uma boca suja, utilizador de termos pejorativos e fofoqueiro.
Um hipócrita, na frieza do termo.
Fui processado pela Justiça
Federal ao assumir a responsabilidade de uma rádio, sem autorização de
funcionamento, de propriedade da Senhora Márcia Bacelar. Foram dois anos
prestando serviço comunitário na Biblioteca Farol. O Processo foi extinto, até
porque a Justiça percebeu que Eu não
reunia condições financeiras para ser dono de rádio. Nessa emissora o
ex-prefeito tinha um programa intitulado: “A Voz do Prefeito” que foi extinto
porque populares começaram a vir no local fazer cobranças e pedidos.
Sou radialista há 26 anos, com
muito orgulho. Sempre tive grande audiência nas emissoras por onde passei.
Tenho autorização para exerce a profissão- DRT (MA) 181- e nunca fui condenado
por exercício ilegal de jornalismo. Ao contrário do ex-senador, que além de todas
as contas de prefeito rejeitadas, detém mais de cem processos tramitando na
Justiça por Corrupção. Um ficha suja de carteirinha.
Há oito anos apresentando
programa televisivo, nunca pautei minha atuação em imitação. Criei um estilo
próprio, admirado por pessoas simples, que valorizam as notícias locais e os
comentários de fácil entendimento. Nunca quis exibir conhecimentos que não
possuo, nunca quis mostrar cultura e erudição, apesar de deter dois cursos
superiores, pós-graduação e de escrever poemas publicados em livros de
circulação nacional. Sou um Sancho Pança, no início das andanças com Dom
Quixote.
Orgulho-me de apresentar um
programa na TV Difusora, que foi implantada pelo Senhor Magno Bacelar.
Inclusive, quando prefeito foi responsável pela instalação da emissora em
Coelho Neto. Na época era “pirata”, hoje não.
Não quero ser o ás da moralidade,
pois tenho meus defeitos e cometo erros. Sou falho como qualquer ser humano,
que precisa de Deus para mostrar o caminho a seguir. Não tenho o poder, a erudição,
a cultura, o prestigio, o dinheiro e a idade do Senhor Magno Bacelar. Sou um
pobre sobrevivente das dificuldades que a vida apresenta. Muitos vão dizer:
“quem é o Carlos Machado para questionar um homem como Dr. Magno”? E, eu direi:”
qualquer pessoa que se sinta ultrajada tem o direito de dizer o quê pensa, de
apresentar uma prévia defesa.
Fui ultrajado por esse Senhor,
que um dia sonhei conhecer. E, que depois de conhecê-lo percebi que não valia
apena, pois tive o desprazer de conviver, por pouco tempo, com um Lula da vida,
com um hipócrita, resguardado na condição de ser idoso e de ter sido importante
na vida. Conheça-o, que me darás razão!