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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Um acinte para a educação

As liberdades devem ser respeitadas e incentivadas. A sala de aula é um lugar propício para tratar-se do assunto. A liberdade de manifestação política é salutar em qualquer espaço, desde que observadas certas regras básicas de respeito aos ideais e escolhas do aluno.

 Falar de liberdade política em sala de aula é diferente de promover campanha eleitoral. Plantar a discórdia entre os estudantes por causa de candidato A ou B é falta de profissionalismo e pode trazer sérias consequências na formação social de adolescentes e jovens. Não é certo incentivar a intriga, a fofoca e a boataria entre os alunos numa sala de aula, nem em qualquer outro lugar. Isso não cria consciência crítica, nem tão pouco forma cidadãos e cidadãs responsáveis pelas suas decisões.
 
O professor pode ter um candidato, apóia-lo e defendê-lo. Entretanto, não deve usar a sala de aula para patrocinar críticas aos desafetos e elogios rasgados ao que defende e apóia. Sala de aula não é palanque eleitoral. A escolha dos alunos deve ser livre da pressão imposta pelo comandante das aulas, pelo que aponta notas e é responsável pela formação do caráter dos discentes.

Diante do exposto, cabe lamentar que várias denúncias estão sendo feitas contra, alguns, professores de uma Escola de ensino fundamental, localizada no Bairro Anil. Estes profissionais estão deixando de cumprir com suas prerrogativas educacionais para enveredar no campo da política partidária em sala de aula, transformando-as em palanque eleitoral a favor de um candidato petista.

 O assunto precisa ser investigado pela Gestão da Escola, Conselho Escolar, Secretaria de Educação e Ministério Público. Os alunos não tem culpa da insanidade e despreparo de alguns que não zelam pela profissão.

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