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terça-feira, 30 de setembro de 2014

SEÇÃO POESIA: O AMOR NÃO É ETERNO

O AMOR NÃO É ETERNO
      Carlos Machado

Como pressagiar que o quê sinto é eterno
Se tudo chega ao fim?
O meu amor nasceu, cresceu
Ficou adulto, burro, inconsequente
Às vezes libertino
Está ficando velho, cansado
E vai morrer

É tolice dizer: vou te amar eternamente
Pois, tudo que nasce, cresce e, impreterivelmente, morre
A morte é o fim natural da vida
E se o amor dá vida a vida
Também não está imune de fechar os olhos

O meu amor vai passar
Assim como passam os dias, as noites
As estações, o choro, e as lamentações
Vai passar e não vou morrer por esse amor
Porque amores vêm e vão
E Novos quereres virão

E no próximo verão
Se vivo estiver
Novo amor estará latente
Crescendo dentro do peito
Achando-se no direito
De fazer sofrer

E assim é o amor
Vem e volta
Traz alegria e dor
Tenta enganar que será eterno
E quando menos se espera
Termina no próximo inverno




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