Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou nesta quinta-feira (7) à presidência
da Câmara dos Deputados. Ele anunciou a decisão em uma coletiva de imprensa,
durante a qual chorou.
Agora, a Casa tem cinco sessões para realizar novas eleições para o
cargo.
O peemedebista disse que vai continuar defendendo sua inocência e acusou
a Procuradoria-Geral da República de agir com seletividade abrindo inquéritos e
apresentando denúncias com o intuito de desgastá-lo como presidente da Câmara.
A decisão de enfim deixar o cargo em definitivo ocorreu em reunião na
noite de quarta (6), após a divulgação do voto de Ronaldo Fonseca (Pros-DF) na
Comissão de Constituição e Justiça, que acatou apenas um dos 16 questionamentos
de Cunha à tramitação de seu processo no Conselho de Ética, que recomendou a
cassação de seu mandato.
Com a renúncia, Cunha pretende ter um aliado comandando a Câmara durante
a sessão em que será votado o seu processo de cassação, já que Waldir Maranhão
(PP-MA) rompeu com ele havia algum tempo.
O nome pelo qual ele tem predileção para ocupar o
mandato tampão pelos próximos meses é do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), mas
há pelo menos 12 candidatos informais na Casa para disputar o pleito.
O presidente da Câmara pode influir decisivamente na realização e na
condução da sessão em que a cassação será analisada. Para que Cunha perca o
mandato, é preciso o voto de pelo menos 257 dos 513 deputados. Ou seja,
ausências e abstenções durante a sessão contam a seu favor.
Fonte: Folha de São Paulo
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