Marcel Hermmann Telles (AB
Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e
Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim) são as seis pessoas mais ricas do
Brasil. Eles concentram, juntos, a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres
do país, ou seja, a metade da população brasileira (207,7 milhões). Estes seis
bilionários, se gastassem um milhão de reais por dia, juntos, levariam 36 anos
para esgotar o equivalente ao seu patrimônio. Foi o que revelou um estudo sobre
desigualdade social realizado pela Oxfam.
O levantamento também revelou
que os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95% da
população. Além disso, mostra que os super ricos (0,1% da população brasileira
hoje) ganham em um mês o mesmo que uma pessoa que recebe um salário mínimo (937
reais) - cerca de 23% da população brasileira - ganharia trabalhando por 19
anos seguidos. Os dados também apontaram para a desigualdade de gênero e raça:
mantida a tendência dos últimos 20 anos, mulheres ganharão o mesmo salário que
homens em 2047, enquanto negros terão equiparação de renda com brancos somente
em 2089.
Segundo Katia Maia, diretora
executiva da Oxfam e coordenadora da pesquisa, o Brasil chegou a avançar rumo à
correção da desigualdade nos últimos anos, por meio de programas sociais como o
Bolsa Família, mas ainda está muito distante de ser um país que enfrenta a
desigualdade como prioridade. Além disso, de acordo com ela, somente aumentar a
inclusão dos mais pobres não resolve o problema. "Na base da pirâmide
houve inclusão nos últimos anos, mas a questão é o topo", diz.
"Ampliar a base é importante, mas existe um limite. E se você não
redistribui o que tem no topo, chega um momento em que não tem como ampliar a
base", explica.
Reprodução/fonte: Meio Norte
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