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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Derrotado pelo ego, Lula deixou-se vencer também pela raiva

Por Mauro Pereira

Sempre temi a chegada do PT ao poder. Não só por conta de sua retórica barata, muito bem ensaiada nos grotões do retrocesso, que entoa a mesma arenga ─ desgastada pela credibilidade ─ que celebra as maravilhas de um socialismo redentorista chulo e ultrapassado que não resistiu às ruínas do Muro de Berlim. A principal razão do meu temor sempre foi a selvageria irresponsável e oportunista que marcou a atuação do partido enquanto esteve na oposição.

Quem já teve o dissabor de enfrentar a violência empregada pelos cães de guerra petistas em campanhas eleitorais, inclusive em municípios minúsculos e teoricamente sem relevância estratégica, sentiu na pele os efeitos devastadores da mentira e da injúria, suas ferramentas preferidas de convencimento. E aprendeu que a arma menos contundente por eles utilizada é a da intimidação, em todas as formas concebidas pela canalhice.

Não me surpreende, portanto, o cenário de premeditada desordem institucional protagonizado pela horda petista com o intuito de constranger ministros do STF às vésperas do julgamento do mensalão. Embora previsível, obriga-me a imaginar até que ponto Lula e seus sequazes estariam dispostos a apostar na tensão social como a saída derradeira para socorrer os mensaleiros de estimação e evitar que a biografia do ex-presidente seja para sempre maculada pela pecha de mentiroso.

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Fonte: Blog do Kenard - notícias e análises





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