INTROSPECTIVA RELIGARE
Carlos
Machado
Pensando...
Andando
rumo ao precipício
Não
sei se existo
Neste
mundo incoerente
Da cor
de sangue
O
sangue de Cristo
Que
sai do corpo dos inocentes
Derramado
diariamente
Nas
ruas e vielas do mundo
O
cálice transborda de dor
A dor
dos desvalidos
Sofridos,
morridos
Na
ânsia agonizante do fim do pudor
Do
intestino sem fim dos que roubam de mim
De ti,
do Querubim o jasmim
Satanicamente
Os
filhos do tal não passam mal
Seguem
tal e qual
Ludibriando,
matando, roubando
Enganando
com promessas vãs
Como
sobreviver
Neste
mundo de cão
Sem
proteção, sem direção
Sem
compaixão
Das
igrejas desordeiras
Que
enfiam a coleira
Que
mentem sem estribeira
Desordenando
a ordem verdadeira
De
quem deu a vida inteira
E foi
pregado numa cruz de madeira?
A vida
é derradeira
A
morte é a primeira
Na
esperança de quem nada mais espera
Nem a
volta prometida
Que
anda ressentida
Com a
demora espremida
Nos
becos da escuridão sem guarida
Não há
mais vida
Só a
morte combalida
Nos
quartos escuros
Transformados
em oratórios
Em
púlpitos aliciantes
Os escarnecedores
da palavra divina
Que
não ensina
Transformam
em sina
O
direito de sofrer
Volta
Cristo
Faz
descer na ladeira da dor
Quem
sempre te enganou
Traz
de volta o amor
Que o
usurpador levou
E transformou
em obra de louvor
Volta
Senhor
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