Ministro que desmoralizou os próprios colegas do
Congresso Nacional ao afirmar que só entregaria as gravações dos atos golpistas
com determinação do STF é o mesmo que agora diz nada saber sobre o sumiço das
imagens por não ser gestor de contrato; mas se havia ou não fatos graves nos
vídeos, a culpa pelo sumiço só pode ser atribuída a quem comanda o ministério,
ele próprio, no caso
Análise da Notícia
3 de agosto de 2023. O
ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), do auto de sua arrogância, responde
assim a uma cobrança do Congresso Nacional por acesso às imagens gravadas nos
prédios dos Três Poderes durante os atos golpistas de 8 de janeiro:
– Eu espero que o Supremo autorize, mas não sou eu
que vou descumprir a lei para atender a pressão ou chantagem de gente
delirante, que acha que tem uma imagem minha aqui reunido, tramando a invasão
do Congresso. O Supremo autorizando, eu entrego no mesmo dia.
30 de agosto de 2023. Acuado após revelações de que as imagens que estavam em poder do Ministério da Justiça foram apagadas, Flávio Dino responde assim à pressão da imprensa e da classe política:
– É problema contratual. Eu não sabia disso. Não
sou gestor de contrato, sou ministro da Justiça. A Polícia Federal veio aqui e
recolheu o que precisava. Só soube agora quais imagens a PF recolheu. Eu não
conheço o inquérito, está tudo sob sigilo.
O Flávio Dino arrogante da primeira resposta é o
mesmo coitadinho que tenta se esquivar das responsabilidades quase um mês
depois de desmoralizar seus colegas de Congresso.
Mas as duas falas mostram apenas um fato: o ministro da Justiça está todo enrolado com essas imagens dos atos golpistas.
E se vai aparecer ele próprio, disco voador ou
prova terraplanismo nesses vídeos, ninguém mais pode saber.
E a culpa disso não pode ser de ninguém mais que o próprio ministro da Justiça.
É simples assim…
Do Blog do Marco Aurélio D’Eça