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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A MISÉRIA INTELECTUAL E O JORNALISMO JAGUNÇO


...Andava cansado do jornalismo, tanto o dos meios de comunicação tradicionais como o dos blogues. Uso a palavra jornalismo por não encontrar outra, porque de jornalismo o que se pratica por aqui nada tem. E o leitor não se engane pensando que falo das picaretagens, nada disso. Refiro-me à maneira como se escreve. Trata-se da pior prosa do país. É frouxa, sem ritmo, banal a perder de vista e analfabeta.

A turma que escreve hoje no Maranhão não tem cultura alguma e comete erros de português primários. Falta de cultura: não conhecem a história do Maranhão e do Brasil. Acreditam – para completar a desgraça – que política é essa coisa estúpida que os parlamentares analfabetos do Maranhão falam a cada segunda-feira. Não falo de livros, aí a coisa beiraria o escândalo. Essa turma não leu sequer os livros essenciais das áreas que dizem fazer cobertura, imagina poesia, romances e contos. Analfabetismo: não empregam (pasmem!) o plural corretamente e acreditam que concordância verbal é aceitar a opinião de um verbo.

O que esperar de uma tal miséria intelectual? Nada. Ou por outra: o pior. A miséria econômica na qual o Maranhão se lambuza é diretamente proporcional ao deserto intelectual. Num tal ambiente o cangaço substitui o jornalismo. A estupidez sempre é feroz. Não raro descamba para o banditismo.

Caso alguém me pedisse para definir o que chamam de jornalismo maranhense, diria num piscar de olhos: são as moedas do butim dos poderosos...

Extraído do  Blog do Kenard
Imagem: humorbabaca.com

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