A apreensão de uma arma numa lan house em Buriti de Inácia Vaz, na Região do Baixo Parnaíba, pode ser a senha para a descoberta de uma armação contra o grupo do ex-prefeito Nenê Mourão.
O revólver, acusam adversários, encontrado dentro de um aparelho de som “esquecido” no estabelecimento, teria sido utilizado num atentado contra o radiologista Gilbert Sousa, em janeiro deste ano, nas proximidades de Chapadinha.
Gilbert diz que o suposto atentado seria uma retaliação pelo fato de ele ter denunciado a compra de votos na eleição do ano passado em Buriti, que terminou com a vitória de Rafael Brasil, apoiado pelo ex-prefeito.
Mas os fatos que levaram à apreensão da arma levantam suspeitas. Segundo Evandro Mourão, filho de Nenê, um homem chegou à lan house um dia antes, carregando um aparelho de som. Após usar um computador, ele saiu deixando o equipamento.
Pensando tratar-se de mero esquecimento, o proprietário do estabelecimento guardou o aparelho, aguardando a volta do proprietário. Mas ele não voltou.
Quem apareceu no local, já no dia seguinte, foi um policial civil, que apreendeu o material e o levou a Chapadinha, sem qualquer mandado, onde se descobriu, vejam só, que dentro do aparelho havia a suposta arma do crime e, pior, com um bilhete digitado em computador e com uma assinatura que, acusam os adversários, parece ser a da ex-primeira-dama, pedindo que se jogasse a arma no Rio Parnaíba.
Ontem (26), o prefeito Rafael Brasil e familiares do ex-prefeito estiveram em São Luís, na Secretaria de Estado de Segurança Pública. Em audiência com o secretário Aluísio Mendes colocaram-se à disposição da polícia para colaborar com toda a apuração.
“Os mais interessados em que se esclareça essa situação somos nós. Isso não passa de armação para nos atingir politicamente”, declarou Evandro Mourão.
Foto: Correio Buritiense
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