A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (29)
Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro. A força-tarefa da Lava Jato
deu voz de prisão contra o político por volta das 6h no Palácio Laranjeiras,
residência oficial do chefe do estado.
Batizada
de Boca de Lobo, a operação é baseada na delação premiada de Carlos Miranda,
operador financeiro de Sérgio Cabral. O ex-governador, de quem Pezão foi vice,
também está preso. Comboio da Polícia Federal deixou o palácio com o governador
preso às 7h35. Ele chegou à Superintendência da PF, na Praça Mauá, às 7h52.
Segundo
o Ministério Público Federal, Pezão opera esquema de corrupção próprio, com
seus próprios operadores financeiros. Há provas documentais do pagamento em
espécie a Pezão de quase R$ 40 milhões, em valores de hoje, entre 2007 e 2015.
Na
avaliação da força-tarefa da Lava Jato, solto, o governador poderia dificultar
ainda mais a recuperação dos valores, além de dissipar o patrimônio adquirido
em decorrência da prática criminosa. Segundo o MPF, o esquema de corrupção
ainda estava ativo.
A
assessoria do governo do estado afirmou que não vai se pronunciar. Com a prisão
de Pezão, assume automaticamente Francisco Dornelles, seu vice. A
Polícia Federal cumpre ainda 30 mandados de busca e apreensão. Um deles é na
casa de Pezão em Piraí, no Sul do estado, base do governador. Há equipes também
no Palácio Guanabara, sede do governo, em Laranjeiras. Motoristas que passavam
em frente, na Rua Pinheiro Machado, buzinavam, em sinal de comemoração.
A
ordem de prisão preventiva foi expedida pelo ministro Felix Fischer, do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde governadores têm foro. Atualmente,
dos três poderes do Estado do Rio, estão presos o governador e o ex-presidente
da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani.
Reprodução/fonte:
G1
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