Quero desejar um feliz ano novo para todo mundo.
Apesar de saber que a passagem de 31 para 1º é pura convenção. As “coisas” não
mudarão da noite para o dia, nem tampouco a desigualdade social será extirpada,
nem os corruptos desaparecerão da terra, nem os que não têm o que comer na
virada do ano, terão no dia seguinte, nem o salário dos professores aumentará
como o dos deputados, nem a felicidade para a grande maioria vai chegar,
plenamente, na passagem para o novo ano que está chegando, nem todos os sonhos
serão realizados... As mudanças de datas são uma forma de atender aos mais
diversificados interesses de povos, sistemas econômicos, religiões e culturas.
Os calendários e suas datas festivas representam, sempre, um bom período para
se ganhar dinheiro, para os hipócritas fazerem discursos emocionados...
Mas, então o quê muda na passagem do último dia do
ano velho para o primeiro dia do ano novo? Certamente, são as nossas
expectativas com relação ao futuro, pois não se cria expectativas com relação
ao passado e sim, ao que nós não conhecemos. A imprevisibilidade do futuro nos
enche de medo, medo do amanhã, da incapacidade de não realizar os desejos
futuros, todos aqueles que queríamos no ano passado e não conseguimos.
E, então, nos fortalecemos com o espírito da
esperança, essa tal esperança que se expressa através da mesa farta, do
tilintar de taças ou copos e dos abraços calorosos. Às vezes, olhar para os
fogos de artifício ou para o céu já nos dá uma certeza danada de que tudo será
diferente. Será? Sim, tudo vai ser diferente! Para tanto, precisamos acreditar
fortemente na nossa capacidade de ser e fazer acontecer. Precisamos acreditar
na “velha esperança de guerra” que nunca nos larga e sempre mostra a tonalidade
para um novo dia, para um novo ano que chega carregado de coisas velhas.
E, é com a esperança latente que me invade o peito
que desejo um Feliz Ano Novo aos meus familiares, amigos, colegas, alunos,
blogueiros, leitores e, por fim, para todos aqueles que lutam e que acreditam e
que não deixam nunca a chama da esperança apagar.
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