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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

SEÇÃO POESIA: O TRISTE FIM DE QUEM NÃO CUIDA DO AMOR

O TRISTE FIM DE QUEM NÃO CUIDA DO AMOR
                      Carlos Machado

Aquele adolescente inconsequente
Apegado às paixões excessivas
Não morreu dentro de mim
Apesar do tempo escorrido

Já homem maduro
Com os mesmos defeitos
Sendo insensato
Quando está apaixonado

Imaginei que na fase adulta
Transformaria certos atos desatados
Numa maneira sóbria de amar
Nada aprendi com o tempo
Meu desejo que era efêmero
Já não sentia, sequer, saudade

Ganhei
Perdi
Deixei fugir
E na implacável ira do tempo
Vejo mais distante
A possibilidade de ser feliz no amor

Agora cansei
Parei com os atos impensados no jogo de amar
Bem na hora de rever conceitos
De consertar erros e corrigir defeitos
Chegou o momento de ver direito
E entender que não se brinca com o coração
E que sentimentos devem ser acatados
E nunca vilipendiados

A consequência da insolência no amor
É um sofrimento doloroso
Que transforma o ser em indivíduo rancoroso
Desconfiado de tudo e de todos
Que leva na bagagem da vida muito desgosto

Nunca é tarde para acertar o passo
E quem sabe no compasso dos dias
Depois de tanto fazer sofrer
Merecer a chance de perdão
E ajoelhado nos pés do amor que um dia machucou
Ver o coração que tantas lágrimas derramou
Resoluto e curado das punhaladas que levou

Tudo passa na vida
Assim como a certeza de que a morte virá
É imperativo aproveitar a tênue luz que houver
Para curar as cicatrizes abertas
Escancaradas pela presunção vadia
De quem não sabia
Que aqui tudo o quê se faz se paga
E que no fim do caminho
Quem escarnece do amor
Infalivelmente termina sozinho















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