É inadmissível aceitar, sem indignação, a onda de violência
que tem se alastrado em Coelho Neto nos últimos tempos. A morte do cidadão Zeca
Fotógrafo ontem, (26.12), possivelmente, vítima de latrocínio-roubo seguido de
morte- acendeu o sinal vermelho para o problema.
Roubos, furtos, assaltos e latrocínios vêm ocorrendo, de
maneira frequente, na cidade e zona rural. Entretanto, os quatro assassinatos,
nos últimos cinco dias, apresentam uma situação que parece não ter mais controle.
Nas quatro mortes, somente uma tem autor conhecido. E é aí onde mora perigo. Por
quê? Porque em pelo menos dois as características são de crime de encomenda
(pistolagem mesmo) e nos outros: latrocínio e rixa.
A sensação de insegurança é geral e um fator tem chamado à
atenção: os bandidos andam bem armados. São revólveres de vários calibres e
pistolas circulando nas mãos da bandidagem. Para se ter uma idéia, somente um
dos crimes foi cometido com arma branca, os demais com arma de fogo. Mas, de
onde estão saindo essas armas? Como esse farto material está chegando à cidade?
Quem são os responsáveis pela venda? A facilidade para a compra de armamento e
o baixo valor de venda possibilita que qualquer projeto de bandido compre um
revólver em Coelho Neto.
A morte de Zeca Fotógrafo nos deixa um claro recado: A
polícia precisa, urgentemente, descobrir os assassinos, fechar bocas de fumo e
coibir a venda de armas. A comunidade, por sua vez, não pode ficar intimidada e
fingir-se de cega e surda. Se todos não colaborarem Coelho Neto poderá se
transformar numa terra sem lei onde imperará a força da bala.
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