O Brasil
ainda possui cerca de 11,5 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, o que
equivale a 7% da população – 0,2 ponto percentual a menos que em 2016 – segundo
dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). Com essas informações, o
IBGE compara que em um ano cerca de 300 mil brasileiros foram alfabetizados.
O
livro Analfabeto: problema social e desonra pessoal (Eduff),
da doutora em Antropologia, Tatiana Cipiniuk, revela os dramas sociais de
indivíduos que não sabem ler e/ou escrever. A maioria sofre vergonha de ser
taxado de analfabeto, o que acaba gerando uma posição inferior aos demais.
A autora
registrou experiências de alunos que frequentam aulas públicas de alfabetização
à noite, no Rio de Janeiro, e aponta que esse aprendizado “tardio” é uma forma
do não letrado se libertar da discriminação de ignorante – o que que não é. Uma
vez que a pessoa pode não saber ler e escrever, mas deve possuir conhecimentos
e habilidades tão valiosas quanto.
Devido ao
lento progresso que os dados do IBGE revelam, o país não deve alcançar a meta
proposta pelo Plano Nacional de Educação (PNE) de erradicar o analfabetismo até
2024. A pesquisa aponta ainda que o perfil de analfabetos são pessoas de 60
anos ou mais e que dos 11,5 milhões de não letrados, cerca de 6 milhões estão
no Nordeste.
Reprodução/fonte: Revista Educação
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