Muitas figuras públicas relevantes têm suas mortes mal
explicadas, principalmente por terem morrido durante a Ditadura Militar. É o caso de Jango, de Lacerda, de
Herzog, entre outros. Mas um dos casos que mais chocou o Brasil foi a morte do
ex-presidente JK que, após anos de ostracismo político, foi levado por um
acidente de carro na estrada.
Esse é um assunto que está em aberto e nunca foi realmente
confirmado. Será mesmo que JK morreu num acidente de carro, como a versão da
ditadura contou? Segundo testemunhas, existiram indícios de assassinato.
Segredos como esse estão nos fundos do baú da ditadura militar.
Em dezembro de 2013, a Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São
Paulo publicou um relatório que afirma com todas as letras: o ex-presidente
Juscelino Kubitschek foi assassinado pela ditadura. Até então, a versão oficial
era de que ele teria morrido em um acidente de carro na Via Dutra, aos 73 anos,
em 22 de agosto de 1976.
Entre os 90 indícios levantados pela comissão está o depoimento do perito Antônio Carlos de Minas, que garante ter visto um buraco de bala no crânio exumado do motorista do ex-presidente. Josias Nunes Oliveira, condutor do ônibus que teria fechado o automóvel, diz ter recusado a oferta de uma mala de dinheiro para assumir a culpa no desastre.
Em 1996, com o país livre do regime militar havia anos, uma investigação tentou esclarecer as circunstâncias da morte de JK e, na ocasião, o mesmo perito teria tido acesso ao crânio do motorista e concordado com a versão da ditadura.
Em 2014, a própria Comissão Nacional da Verdade rejeitou a versão da CV de São Paulo e disse que a versão oficial da época da ditadura está correta e JK não foi assassinado.
Fonte: Revista Aventuras na História
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