Proporcionar ao próximo uma vida melhor,
além de ser uma atitude majestosa atende a um preceito divino. Entretanto,
tantos flashes e a exposição impiedosa daqueles que, por sorte do destino,
tiverem a chance de ter a situação escancarada, não parece ser deleitosa aos
olhos do Onipotente. Pelo visto, ser
bondoso sem alarde e sem enjoar nas redes sociais perdeu o sentido. Em muitos
casos a sensibilidade é acionada pelas curtidas e elogios no facebook, no instagran,
etc. Assim, depois de amaciado o ego, os sujeitos acordam da letargia diante
dos problemas, há anos existentes.
Obviamente, que nem todos agem de
forma contraproducente ao anseio ético. Pessoas bem intencionadas usaram as
redes sociais de maneira sensata e ajudaram na revelação das precisões da professorinha
Érica Leal, a esforçada menina da Escolinha da Esperança, que ignorada pelo
poder público teve coragem de se expor para romper os grilhões de uma vida
paupérrima, corroborada pela fome e falta de moradia digna. Todavia, na intensa
exposição vivida por ela e sua família apareceram muitos embusteiros sedentos
por mídia que, certamente, exigirão o mérito.
Com a situação de Érica sendo
resolvida, não é inoportuno lembrar que muitas outras Éricas de Coelho Neto
vivem em situação análoga e, também, precisam do foco responsável das mídias
sociais, da benevolência dos justos e bons e de menos cinismo de determinados
políticos.
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