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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

COELHO NETO- MA: A MENINA ÉRICA, AS MÍDIAS SOCIAIS E OS POLÍTICOS

 


Se todos fossem bons e agissem contra a pobreza com abnegado zelo, a vida humana seria uma festa e o mundo teria outra configuração. Infelizmente, vivemos no seio de uma sociedade estigmatizada pelo fingimento, que usa as mídias sociais de forma frenética para demonstrar qualidades que muitos não possuem.

Proporcionar ao próximo uma vida melhor, além de ser uma atitude majestosa atende a um preceito divino. Entretanto, tantos flashes e a exposição impiedosa daqueles que, por sorte do destino, tiverem a chance de ter a situação escancarada, não parece ser deleitosa aos olhos do Onipotente.  Pelo visto, ser bondoso sem alarde e sem enjoar nas redes sociais perdeu o sentido. Em muitos casos a sensibilidade é acionada pelas curtidas e elogios no facebook, no instagran, etc. Assim, depois de amaciado o ego, os sujeitos acordam da letargia diante dos problemas, há anos existentes.

Obviamente, que nem todos agem de forma contraproducente ao anseio ético. Pessoas bem intencionadas usaram as redes sociais de maneira sensata e ajudaram na revelação das precisões da professorinha Érica Leal, a esforçada menina da Escolinha da Esperança, que ignorada pelo poder público teve coragem de se expor para romper os grilhões de uma vida paupérrima, corroborada pela fome e falta de moradia digna. Todavia, na intensa exposição vivida por ela e sua família apareceram muitos embusteiros sedentos por mídia que, certamente, exigirão o mérito.

Com a situação de Érica sendo resolvida, não é inoportuno lembrar que muitas outras Éricas de Coelho Neto vivem em situação análoga e, também, precisam do foco responsável das mídias sociais, da benevolência dos justos e bons e de menos cinismo de determinados políticos.  


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