Como
Historiador-especialista em História do Brasil- sinto-me agradecido ao
Blogueiro Samuel Bastos, diga-se Portal Gaditas, pela relevante contribuição
histórica que está sendo servida, de bandeja, aos nossos estudantes, estudiosos
e amantes da História de Coelho Neto. As postagens, narrativas de
acontecimentos ou biográficas, dos antepassados locais são uma forma de
demostrar que as transformações que ocorrem nas sociedades ao longo do tempo
são fruto das ações e feitos do Homem. É uma forma inteligente de ensinar a
nossa História. Parabéns, Samuel Bastos! Confira abaixo uma das postagens:
O Maranhão, entre os anos de
1935 e 1965 ainda era a base geral da coronelada, via de regra o poderoso dono
da terra, da bela casa de engenhos e muitíssimos agregados. Essa falange de
“coronéis” sem patente foi o apanágio do vitorinismo maranhense, responsável
pela permanência do PSD no governo, por tantos e tantos anos, não só no
Maranhão, como em todo o país.
Nosso Estado se orgulhava de
ter chefes políticos e correligionários pessedista de forma e do prestígio dos
Bogéa em Lago da Pedra, dos Pedrosa em Santa Quitéria, dos Bacelar no Brejo,
dos Farias no Buriti, dos Archer em Codó, dos Barros em Caxias, dos Teixeira em
Pastos Bons, dos Alvim em Timbiras, dos Lobos e Jansem em Coroatá, dos Sá em
Pedreiras, dos Gomes em Vargem Grande, dos Almeida em Chapadinha, dos Monteles
em Anapurus, ou dos Garreto em Mata Roma.
Em Coelho Neto pontificou os
Bacelar, capitaneados pelo Coronel Duque (foto), sucessor na linha política,
dessa outra estirpe de coronéis da República Velha, os Nunes.
A partir
de 1946, Duque Bacelar tomou as rédeas do mando em Coelho Neto, primeiro
fazendo nomear uma filha para a Prefeitura e em seguida ele mesmo eleito
Prefeito (1947-1951).
Em 1947 elegia a ex-prefeita
Dalva (foto) sua filha para a Assembléia Legislativa e a partir de 1950, seu filho
Raimundo Bacelar.
Na
Prefeitura estiveram além do pai Duque Bacelar, os filhos Dalva Bacelar, Antônio
Bacelar (foto) e Afonso Bacelar.
Magno
Bacelar, outro filho, foi primeiro deputado estadual, e depois federal em
várias legislaturas, além de senador da república e por último prefeito de
Coelho Neto.
Quando a junta revolucionária
se apoderou do palácio do governo em São Luís, em outubro de 1930, não ficou
nada registrado a respeito das medidas adotadas em relação ao Curralinho.
*COUTINHO, Milson de Sousa. A
Cidade de Coelho Neto na História do Maranhão. 1985.
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