É a justiça da “lava mãos”, em
vigor desde sempre e, tornada conhecida depois da morte de Cristo. Um bom
cristão não aceita como razoável que Barrabás, assassino escolhido para ser
liberto em vez de Jesus, tenha recebido perdão e que Cristo tenha sido condenado
por manifestar-se contra o domínio romano e o poder religioso da época. Não
quero fazer analogia, pois seria uma tremenda grosseria e falta de conhecimento
comparar os fatos e os indivíduos em questão com os do passado, longe de mim!
Porém, o que se manifesta no caso
presente é a força de um sistema político corrupto, uma justiça igualmente
corrupta e desavergonhada e uma boa parcela da população anestesiada, incapaz
de ver o óbvio e, portanto, permissiva a todo tipo de crimes de corrupção praticados
no Brasil. A questão é essa: se não fôssemos indulgentes estaríamos lutando
para os deputados aprovarem a prisão em 2ª instância, e não o contrário, dando
voz a bandido condenado.
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