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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

O BURRO E O BOI

O burro e o boi estavam sob a mesma cangalha. Puxavam (a carroça), mas o boi sentia incômodo por causa de um chifre infeccionado. Pediu ajuda ao burro que se recusou, alegando não ser ajudado por ninguém. O boi adoece e morre, pouco tempo depois.

O peão obrigou o burro a carregar o corpanzil do boi. Logo depois, não aguentando, caiu. Recebe golpes de chicote. Ali, onde estatelou sob a carga, exalou o último suspiro.

Chegam as aves para tirar proveito do despojo. Sobrevoando, diziam: “Se, quando aquele boi te implorava, tivesses tido um pouco de piedade, a tua precoce morte não ensejaria este manjar.”

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A partir de hoje publicaremos algumas fábulas. Começando por Fedro.

Tito Júlio Fedro, nasceu na Trácia, vinte anos antes do início da Era Cristã, fora levado para Roma e servia como escravo do imperador. Fedro orgulhava-se de se apresentar como o “liberto de Augusto”. Com o domínio pleno do idioma grego e consciente do talento para as letras, dedica-se às fábulas que já o encantavam desde criança.

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